terça-feira, 20 de abril de 2010

Desmamar ou não...Eis a questão!

Tenho enfrentado esse grande dilema! A Gabi, já com 1 ano e 4 meses, mama até hoje, não aceita outro leite, mamadeira, chupeta...nada disso. A maioria das pessoas olham aquela meninona cheia de dentes na boca e ainda mamando e acham um absurdo. Ficam falando pra mim que não é mais necessário, que isso só causa dependência da criança e consequentemente uma escravidão pra mãe. A verdade é que antes de estar vivendo na pele essa situação, eu tb acharia e aconselharia o mesmo. Mas na prática é bem diferente... Desmamar uma criança que tem uma veneração pelo peito é horrível. Quando cortei a mamada da Gabi na madrugada, sofri junto com ela quando a via sugando o meu braço e gritando mamá aos prantos compulsivamente.   Deve ser uma sensação indescritível de rejeição... um ser tão pequeno não tem a mínima condição de entender isso.
Agora tinha decidido que iria desmamá-la com 1 ano e 5 meses...depois de já ter passado por toda aquela fase de mudança com a ida pra escolinha. Trabalhei isso até na terapia. De tanto ouvir comentários dos outros acabei parando de curtir a amamentação e passei a contar os dias para o desmame...como se estivesse fazendo algo errado e o pior, como se já estivesse atrasada.
Aí no sábado, fui no em um aniversário e conversei com uma pessoa que estava passando pela mesma situação. Ela me fez enxergar de outra forma isso tudo e tirei um peso das minhas costas. Acabei passando o final de semana pensando e decidi que vou amamentar por período indeterminado...sem culpa, sem pressão e sem ouvir as pessoas. E vou agradecer à Deus por ter leite de sobra, uma filha que ama ficar enroscadinha em mim mamando e um marido que me apoia.

Segue abaixo um estudo resumido e traduzido Sobre os benefícios da amamentação prolongada por Kelly Bonyata, retirado do site "Amigas do Peito":


Amamentar crianças maiores têm benefício nutricional

Pesquisas mostram que o leite materno durante o segundo ano de vida da criança continua sendo uma importante fonte de nutrientes, especialmente de proteína, gorduras e vitaminas.



No segundo ano de vida, 500ml de leite materno proporciona à criança: 95% do total de vitamina C necessário


45% do total de vitamina A necessária, 38% do total de proteína necessária, 31% de caloria do total necessária.






Alguns médicos podem pensar que a amamentação vai interferir em relação ao apetite da criança para outros alimentos. Contudo não existem pesquisas indicando que a criança amamentada têm maior tendência a recusar outros alimentos que a criança que já desmamou. Na verdade, a maioria dos pesquisadores em países subdesenvolvidos, onde o apetite de uma criança desnutrida pode ser de importância vital, recomendam que a amamentação continue para crianças com desnutrição severa.






Crianças maiores que ainda amamentam adoecem menos


Os fatores de imunidade do leite materno aumentam em concentração, à medida que o bebê cresce e mama menos. Portanto, crianças maiores continuam recebendo os benefícios da imunidade.






Claro que em boas condições de saúde, o desmame não é uma questão de vida ou morte, mas a amamentação por mais tempo pode significar menos idas ao pediatra. Crianças entre 16 e 30 meses, que ainda são amamentadas, adoecem menos e por menos tempo que as que não são.






Crianças amamentadas têm menos alergias


Está bem documentado que quanto mais tarde se introduz leite de vaca e outros alimentos alergênicos, menos provavelmente essas crianças vão apresentar reações alérgicas.






Crianças amamentadas são mais espertas


Crianças que foram amamentadas têm melhor performance na escola e maiores notas . Os autores desse estudo, que acompanhou crianças até os 18 anos descobriram que quanto mais tempo as crianças são amamentadas, maiores as notas que recebem nas avaliações.






Crianças amamentadas são mais ajustadas socialmente


Um estudo com bebês amamentados por mais de um ano mostrou uma ligação significante entre a duração do período de amamentação o ajustamento social em crianças de 6 a 8 anos de idade. Nas palavras dos pesquisadores: “Existem tendências estatísticamente significantes para que a desordem na conduta diminua com o aumento da duração da amamentação”. Mamar durante a infância ajuda bebês e crianças a fazer uma transição gradual. Amamentação é um amoroso jeito de atender as necessidades dasa crianças e bebês. Ajuda a superar as frustrações, quedas e machucados e o stress diario da infância.






Atender as necessidades de dependência da criança, de acordo com o tempo único de cada criança é a chave para ajudar a criança a alcançar sua independência. Crianças que conquistam sua independência em seu próprio ritmo são mais seguras dessa independência que as crianças forçadas a isso prematuramente.






Amamentar crianças maiores é normal


A “American Academy of Pediatrics” recomenda que as crianças sejam amamentadas por ao menos todo o primeiro ano de vida, e por mais tempo se a mãe e o bebê quiserem. A Organização Mundial de Saúde reforça a importância de amamentar até os dois anos de vida ou mais. A média de idade de desmame, em todo o mundo é de 4,2 anos.






Mães que amamentam por mais tempo também são beneficiadas


· A amamentação prolongada pode diminuir a fertilidade e suprimir a ovulação em algumas mulheres


· A amamentação reduz o risco de câncer de ovário


· A amamentação reduz o risco de câncer de útero


· A amamentação reduz o risco de câncer de câncer de endométrio


· A amamentação protege contra osteoporose. Durante a amamentação a mulher experimenta uma diminuição na densidade óssea. A densidade óssea de uma mãe que está amamentando pode ser reduzida, em geral em 1 a 2%. No entanto, a mãe tem essa densidade de volta e pode até ter um aumento, qaundo o bebê é desmamado. Isso não depende de um suplemento adicional na alimentação da mãe.�


· A amamentação reduz o risco de alguns tipos de câncer de mama.


· A amamentação tem demonstrado diminuir a necessidade de insulina da mãe diabética.


. Mães que amamentam têm tendência a perder o peso extra adquirido na gravidez mais facilmente.



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